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Limite de Exposição Ocupacional (LEO): o que é preciso saber?

A segurança no ambiente de trabalho é uma preocupação primordial, especialmente quando se trata da exposição a produtos nocivos. Os limites de exposição ocupacional (LEO) são parâmetros estabelecidos para proteger a saúde dos trabalhadores, garantindo que a exposição a substâncias químicas perigosas permaneça dentro de níveis considerados seguros.

Neste texto, vamos entender o que é limite de exposição ocupacional e sua origem, quais os tipos e quais cuidados adotar em relação aos dados referentes ao LEO.

O que é Limite de Exposição Ocupacional (LEO)?

Como já vimos, o LEO se refere aos valores padrões, definidos por uma regulamentação específica, que determina os níveis de exposição a agentes nocivos que não seriam suficientes para prejudicar a saúde. Assim, é importante que as empresas observem o limite para garantir a proteção dos trabalhadores. Para entendê-los, existem duas normas fundamentais (fonte: Segurança tem futuro).

  • Norma Regulamentadora 15 (NR-15), que detalha os limites em seus anexos;
  • O texto da American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH): utilizada como base para a NR-15, é atualizada anualmente e deve ser usada diante de omissões.

Qual é a origem dos Limites de Exposição Ocupacional?

O surgimento dos Limites de Exposição Ocupacional (LEO) está intimamente ligado à crescente industrialização e ao aumento da conscientização sobre os riscos à saúde associados à exposição a substâncias químicas no local de trabalho. Durante os séculos XIX e XX, com o rápido avanço da indústria química e de outros setores, os trabalhadores frequentemente enfrentavam ambientes laborais perigosos, nos quais eram expostos a uma variedade de agentes químicos prejudiciais.

No entanto, foi somente após inúmeras tragédias e estudos epidemiológicos que a necessidade de estabelecer limites de exposição ocupacional tornou-se evidente. Um marco significativo na história da proteção dos trabalhadores foi a tragédia ocorrida em 1924 na fábrica de pesticidas da Union Carbide em Bhopal, na Índia, onde ocorreu um vazamento de gás letal que resultou em milhares de mortes e lesões graves.

Esse evento, juntamente com outros incidentes similares ao redor do mundo, catalisou uma mudança de paradigma na percepção dos riscos ocupacionais (fonte: Sudesteonline).

Quais são os tipos de Limite de Exposição Ocupacional?

Ao tratar dos limites de exposição ocupacional, é essencial entender que ele pode ser de diferentes tipos. Veja só:

  • Média Ponderada no Tempo: usado para definir os limites em relação aos trabalhadores que se expõem de maneira contínua aos riscos;
  • Teto: trata de um limite que não deve ser atingido em nenhum momento da jornada;
  • STEL: traz um limite de curta duração para prevenção de efeitos agudos que a exposição prolongada poderia trazer;
  • Valor máximo e pico: trata da multiplicação do limite de tolerância por um fator de desvio previsto na NR-15, ajudando a identificar as exposições máximas;
  • Limites de superfície: se refere aos casos em que há substâncias prejudiciais nas superfícies de trabalho e que podem ser absorvidas pela pele.

Em complemento, quando não há dados suficientes no LEO, é possível recorrer ao Occupational Exposure Banding (OEB), ou faixa de exposição ocupacional. Nesse caso, há maior aplicação quando há relação com produtos químicos, possibilitando um melhor controle na ausência de regras específicas (fonte: Segurança tem futuro).

Quais cuidados adotar em relação aos dados referentes ao LEO?

Para garantir a segurança dos trabalhadores e o cumprimento das normas legais, é essencial adotar cuidados específicos com os dados referentes ao Limite de Exposição Ocupacional (LEO).

Primeiro, a coleta e monitoramento contínuo dos dados sobre a concentração de substâncias químicas no ambiente de trabalho são fundamentais. Isso deve ser feito por meio de monitoramento ambiental e biológico, usando equipamentos especializados e exames médicos periódicos.

Manter registros detalhados e organizados é crucial. Isso inclui documentar todas as medições de exposição, resultados de testes e relatórios de incidentes. Os dados coletados precisam ser analisados por profissionais qualificados para identificar tendências e riscos, comparando com os LEOs estabelecidos e avaliando possíveis intervenções.

Com base nas análises, implementar medidas de controle para reduzir a exposição é vital. Isso pode incluir sistemas de ventilação, protocolos de segurança e uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

Além disso, é fundamental treinar e educar os trabalhadores sobre os riscos e a importância das medidas de segurança. Sessões de treinamento e materiais educativos ajudam a manter todos informados e protegidos.

Por fim, a revisão e atualização contínua das práticas e dos LEOs asseguram que as medidas adotadas continuem eficazes, mantendo-se em conformidade com as regulamentações e avanços científicos.

Esses cuidados garantem a proteção da saúde dos trabalhadores e a criação de um ambiente de trabalho seguro e saudável.

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